A interação do ser humano com o ambiente de
trabalho.
“A Escola das Relações Humanas
identificou uma outra perspectiva na relação do trabalho que se colocava além
da tarefa, reconhecendo as relações complexas emocionais e sociais do
trabalhador. Portanto, ela considerava que não é a tarefa propriamente dita que é importante, mas sim a interação entre
tarefa, trabalhador, administrador e sociedade”
As
teorias X e Y
Conforme McGregor, “Toda decisão
administrativa tem consequências sobre o comportamento. A administração bem
sucedida depende, não só, mas expressivamente da capacidade para predizer e
controlar o comportamento humano.”
Fundamentado nisso, McGregor
separou os defensores das teorias com ênfase nas tarefas e os com ênfase nas
relações humanas em, respectivamente, teorias X e Y, Isto é, a administração autocrática
e com ênfase nas relações humanas.
Administração
Autocrática (Teoria X):
A teoria X expressa que a
tradicional visão de direção e controle implica três suposições fundamentais:
1-
O ser humano médio tem uma inerente
má vontade em relação ao trabalho e o evitará se puder;
2-
a maioria das pessoas, devido a
tal característica humana, tem de ser coagida, controlada, dirigida, ameaçada
com punições para que possam ser levadas a aplicar esforço adequado na
consecução dos objetivos da organização;
3-
o ser humano, em media, prefere
ser mandado, deseja evitar responsabilidade, tem relativamente escassa ambição
e, acima de tudo, deseja segurança.
Essas suposições geram uma ração
reflexa, é óbvio! Pois isso provoca um circulo vicioso. Você Detectou o
resultado?
Um administrador, ao
enquadrar-se nesses pressupostos, provavelmente se caracteriza como uma pessoa
que se comporta de maneira autocrática para com seus funcionários, obcecada
pelo controle e demonstrando falta de confiança. Normalmente os funcionários
reagem negativamente a esse tipo de supervisão e dessa forma acabam reforçando
o pensamento do supervisor que por sua vez, provavelmente imporá mais controle.
Administração
com ênfase nas relações humanas (Teoria Y)
A teoria Y caracteriza-se pelos
pressupostos de que:
1-
o dispêndio de esforço físico e
mental no trabalho é tão natural como o divertimento e o descanço;
2-
o controle externo e a ameaça de
punição não são os únicos meios de se provocar esforço em prol dos objetivos da
organização. O homem exercerá autodireção e autocontrole a serviço de objetivos em que esteja
empenhado;
3-
a dedicação de objetivos é
função das recompensas associadas à sua consecução;
4-
o ser humano médio aprende,
recebendo as condições adequadas, não só a aceitar como a procurar
responsabilidades;
5-
a capacidade de exercer um grau
relativamente elevado de imaginação, habilidade de criatividade na resolução de
problemas da organização é distribuída amplamente e não restritamente na
população;
6-
as potencialidades intelectuais
do ser humano são apenas parcialmente utilizadas, em função das condições da
vida industrial moderna.
E com uma administração agindo
de acordo com esses pressupostos, qual a reação dos trabalhadores?
Administradores que se enquadram nessa teoria são aqueles que
posicionam de forma diferente frente a seus subordinados, e assim, também a
reação dos liderados é mais favorável, o que leva a um comportamento de maior
cooperação entre administradores e trabalhadores.
Um bom exemplo de trabalho feito
sem as tradicionais pressões negativas é o trabalho voluntário, pois o
trabalhador opta por fazer uma tarefa sem que seja obrigado a isso e pela qual
não será remunerado.¹
Bibliografia:
¹ -
Gestão da Produção Industrial – Paranhos Filho, Moacir – Editora IBPEX 2007
Com
base nesta leitura, tracei um paralelo entre a postura de um chefe e de um líder.
A figura
abaixo ilustra bem isso:
Tirem suas
próprias conclusões. O que é melhor, ser um líder ou ser um chefe? Teoria X ou
Teoria Y?
O que o
mercado espera?
No meu
ponto de vista, as organizações que adotam uma administração predominantemente com
ênfase nas relações humanas atingem os melhores resultados. No ambiente gerado por
este tipo de gestão florescem boas ideias e criam-se grandes talentos. Um caso de
sucesso desta filosofia de gestão: Microsoft na década de 90. Precisa falar
mais.
Até a próxima...
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